Um helicóptero veio
buscar os heróis da missão suicida...
Não obstante, uma
advertência administrativa, pelo menos, esperava por Celha Regina e Felipe
Corrientes, embora, provavelmente, um inquérito militar tivesse lugar, uma vez
que aquela missão não poderia ter sido descoberta por canais oficiais, mesmo
que o descumprido se devesse ao fato de se tentar salvar as vidas de dois
oficiais militares com boa ficha de serviços prestados...
Ao aceitaram o
serviço voluntário, ambos tinham plena consciência das possibilidades de
desfecho, favoráveis ou não...
Mas Celha mantinha
a sensação do dever cumprido, apesar de tudo, e conseguia relaxar, cochilando
encostada àquilo que sobrara do equipamento enviado à missão suicida.
Uma coisa era
certa, porém! O tal do aparelho chamado “defletor de imagem” ainda teria que
passar por muitos testes antes de ser produzido em série pelas forças armadas
brasileiras...
Talvez isso
entrasse no cômputo da comissão militar de inquérito, que iria investigar as
conseqüências da ação dos dois jovens oficiais...
Quem sabe eles não
seriam absolvidos de quaisquer penas?
As hélices giravam
em velocidade quase imperceptível aos olhos humanos, mas Felipe Corrientes
mantinha os olhos fitos naquele parco reflexo das lâminas do rotor.
Tudo era silêncio
naquela viagem de resgate, embora ambos, Celha Regina e Felipe Corrientes,
fervilhassem por dentro em termos das explicações que teriam de dar aos oficias
superiores, e para cada um em particular, e mesmo entre um e outro,
pessoalmente. (CONTINUA NA TERÇA-FEIRA, DIA 10 DE ABRIL)
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