terça-feira, 25 de setembro de 2012

O SENHOR DAS ÁGUAS - UNIDADE XI - CAPÍTULO 5 - PARTE 5


Ao mesmo tempo, a mente de Celso Pontes trabalhava febrilmente...

Será que ela leu a mensagem?...

Claro que leu! O negócio é se ela entendeu o que estava escrito...

Acho que não...

Como ela poderia entender?...

De qualquer maneira é bom ficarmos de sobreaviso...

Vamos ver o que a Wirna vai dizer...

A “Wirna” quase estrangulou o companheiro quando soube do ocorrido. Sua primeira reação foi responder ao A2, a fim de relatar tudo a ele, mas logo desistiu. Não poderia dar uma demonstração de tamanha incompetência. Por um segundo ela acreditou que os ares tropicais a haviam contaminado em demasia, porém não demorou a entender que este assunto poderia ser facilmente administrado por ela mesma...

Sim, mas o que perpassou sua mente naquele momento dizia respeito a A2, de uma forma ou de outra...

Sentou diante do seu laptop e digitou uma mensagem destinada a A2. A mensagem era curta: “Enviem-me o Zelador. Status: urgentíssimo”.

“Zelador” era o código que designava a função de Nestor Amarilla dentro da hierarquia do PAÍS DAS ÁGUAS. Ou seja, pau para toda obra. Para a felicidade geral da nação, o “zelador” encontrava-se justamente no Rio de Janeiro. A resposta demorou menos que um dia para chegar.

Tudo estava resolvido.  

Por outro lado, Sylvia comentou este acontecimento com seu marido, ali, na hora do jantar, os dois sozinhos, esse tipo de coisa, um dos filhos na rua, a outra na faculdade...

Conversaram horas sobre todos os prováveis desdobramentos daquela fatídica mensagem. O marido de Sylvia achou que ela deveria esquecer o assunto, “pro seu próprio bem”, mas acontece que no fim de semana, num churrasco de família, o cunhado, delegado de polícia, foi consultado a cerca do conteúdo desta mensagem quase criptografada...

Sylvia não havia se esquecido de nenhum detalhe da dita cuja; tinha uma excelente memória; então o cunhado pediu-lhe que escrevesse o que ela se lembrava...

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