segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O SENHOR DAS ÁGUAS - UNIDADE XI - CAPÍTULO 4 - PARTE 2


– Eu tenho uma sensação muito forte de que esse cidadão aí está guardando alguns segredos que não quer revelar. Está nos usando como escada, ou algo parecido – comentou Mouzon com Felipe, depois que Moffato foi atender não sei quem da Federal.

– Será que ele é outro da CIA na parada?

– Quem pode saber?... Até minha mãe pode ser da CIA sem eu saber... Até você...

– Ou Celha Regina...

– Esta é uma das possibilidades, a julgar por sua atitude incisiva naquele momento da invasão ao acampamento dos traficantes em Roraima...

– Eu também já pensei nisso, Mouzon...

– Esqueça isso, Felipe. Escute a voz da experiência! Nada vai mudar o que aconteceu...

– Não, com certeza, mas eu ainda posso ajudar a destrinchar esta confusão...

– Eu não o chamei pra você brincar de detetive – retrucou Mouzon com falsa reprimenda – mas porque sou seu amigo... Sabe, Felipe, você é muito jovem, tem uma carreira brilhante pela frente...

– Ah, não, Mouzon! Por favor! Você está falando igualzinho ao meu pai!

– É sério, rapaz! Não estou preocupado em bancar o paizão não, até porque eu nunca tive filhos, não sei nem como é. O que eu gostaria, sinceramente, é que você pudesse se divertir... Eu sei que você adora este tipo de trabalho. Estou errado?... Então. Na verdade, você tem de se livrar de uma culpa injusta. Pare de pensar que você foi o responsável pela morte de Celha Regina! Não é verdade! Ela morreu porque estava na hora dela. Você está bem vivo, meu rapaz!...

Nenhum comentário:

Postar um comentário