segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O SENHOR DAS ÁGUAS - UNIDADE XI - CAPÍTULO 4 - PARTE 4


Traficantes, policiais, soldados, e, obviamente, moradores na linha de tiro...

Uma coisa pavorosa, pois o velho adágio nunca perde o seu real valor: “a corda sempre arrebenta do lado mais fraco”...

Eis uma lei quase matemática...

Porém não pitagórica.

Nem é preciso mencionar que Nestor Amarilla, um dos motivos daquela “missão”, não foi encontrado...

Sequer traços de sua cueca mal lavada da noite anterior, quando fez amor com duas moradoras da comunidade de uma só vez...

Enfim...

Em contrapartida, houve uma semana de ações espetaculares por parte do crime organizado, que se espalhou por toda a cidade, aparentemente sem nenhuma conexão com esta ação das autoridades na Mangueira...

Ora essa!

Os criminosos, que têm o domínio das ruas, e, principalmente, dos morros cariocas, sacudiram a “Cidade Maravilhosa”, no que foi chamada a “semana do horror” pelos jornais e toda a imprensa.

Os bandidos, que agiram quase impunemente, assaltando pedestres, turistas, veículos particulares e coletivos, públicos ou não, matando pessoas, com ênfase em policiais de folga, incendiaram ônibus, promoveram quebra-quebras organizados, arrastões que envolviam centenas de excluídos habilmente controlados por esses agentes do crime, que possuem total controle das comunidades onde vivem, deixando o mundo estarrecido, devido à ousadia deste ato pusilânime.

As autoridades, que deveriam extirpar o mal pela raiz, ao contrário, se mostraram totalmente dominadas pelo poder do crime organizado, utilizando desculpas esfarrapadas para uma inação inexplicável e incompreensível.

Disto só há uma conclusão...

O Poder Público, eleito pelo povo, não toma as providências necessárias porque os homens por trás do voto já estão corrompidos de antemão; eles têm o seu quinhão de participação no lucro desta empresa maravilhosa que é o comércio de drogas ilícitas, que corrompe toda a organização da sociedade, e inviabiliza uma existência decente na cidade do Rio de Janeiro, e quiçá no mundo todo.

Isso tudo, engenhosamente orquestrado por um poder subterrâneo, invisível, cujo principal objetivo foi alcançado: o de desviar a atenção da opinião pública sobre o assunto Raposa Serra do Sol...

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