terça-feira, 2 de outubro de 2012

O SENHOR DAS ÁGUAS - UNIDADE XI - CAPÍTULO 6 - PARTE 1


 “Foi com muita dificuldade que a polícia conseguiu dominar a crise no Rio. A presença maciça da Guarda Nacional garantiu um reforço extra para a segurança do Estado, e, principalmente, na capital, onde o choque de desordem foi muito mais sério que nos demais municípios fluminenses. O Governador acusou o crime organizado de querer instalar o caos no Rio de Janeiro, uma vez que sua política de confrontação estava incomodando os interesses do crime organizado, mas ele afirmou que “a Polícia está pronta para limpar a cidade desses marginais que mancham o bom nome do Rio no resto do mundo”...

E blá blá blá blá.

Não é nada disso...

Ele largou o jornal, desanimado...

Sabia perfeitamente que a imbecilidade dos políticos nacionais convinha aos interesses de uma casta privilegiada, que jogava exatamente com a ignorância de todos os indivíduos da sociedade sobre as causas por trás da desordem organizada, uma vez que os caciques desta casta estavam muito acima do bem e do mal, vivendo em seus castelos inalcançáveis, onde um fosso de águas pútridas os separava dos demais mortais.

A própria imprensa não admitia – talvez porque grande parte dela também ignorasse – que este caos era produto de uma orquestração muito bem planejada, e que surtia o efeito requerido.

Será que eles não sabem, realmente, quem é o verdadeiro vilão – ou vilões – da história?
Bom, nesse caso estamos no mesmo barco, porque eu também não conheço a verdadeira face do meu inimigo, e duvido que Mouzon o saiba...

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