terça-feira, 14 de agosto de 2012

O SENHOR DAS ÁGUAS - UNIDADE XI - CAPÍTULO 3 - PARTE 1


Aquele som intermitente despertou-o sobressaltado no meio da manhã...

Que manhã?...

Ainda estava escuro...

Naquele quarto escuro...

Bom, Felipe saltou da cama alarmado...

Ainda não havia amanhecido, mas o sinal continuou...

Um sinal?...

Que sinal?...

Não, não, um tambor...

Que tambor o quê, ô!...

Aquilo não era tambor, o tambor estava na sua cabeça, aquilo era a campainha!...

Felipe correu para atender a porta...

Mas deteve-se a tempo...

Não... Ninguém ia subir sem a autorização do porteiro do dia...

Ou da noite?...

Tanto fazia.

Felipe despertou meio que no tranco...

A campainha?...

Não era a campainha, mas o interfone...

– Pronto – disse Felipe meio mal humorado. – O que houve?

“Desculpe interrompê-lo de madrugada, seu Felipe, mas é que tem um delegado aqui embaixo doido pra falar com o senhor” – falou o porteiro através do aparelho.

– Um delegado?! – Felipe, naturalmente, estranhou, esquecendo sua dor momentaneamente, e esquecendo-se, inclusive, que não dormira a maldita da noite toda, mas aí o próprio “delegado” pegou o interfone e disse:

“Desculpa te acordar, Felipe, numa hora dessas... É o Mouzon. Tenho algo pra você”...

– Sobe logo, Mouzon...

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