quinta-feira, 26 de julho de 2012

O SENHOR DAS ÁGUAS - UNIDADE XI - CAPÍTULO 2


Flávia seria aquele mosquitinho inconseqüente, que, por uma questão egocêntrica, jamais percebera que o mundo não cabia no orifício de seu lindo umbigo em forma de precipício...

Ela voltava da academia, como sempre fazia todo santo dia: Linda! Suada! Sarada! Deliciosa!

Esculturalmente nascida para o desejo de qualquer homem disposto a nadar em superfícies rasas, porém não para homens talhados para águas profundas, heróis de sagas que derrotam monstros marinhos e iniciam civilizações prósperas, embora aquele herói ferido, que jazia ali, a dois passos das suas roupas justas, acreditasse que a amava no mais profundo do seu ser. Naquela circunstância, inconscientemente, descobrira que fora vítima de um engodo monumental...

Que nenhuma beleza na face da Terra o levaria a se enganar de novo, pois certas tragédias têm o dom de sacudir o espírito demasiado cego desses heróis combalidos.

Flávia entrou em casa...

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