Flávia seria aquele
mosquitinho inconseqüente, que, por uma questão egocêntrica, jamais percebera
que o mundo não cabia no orifício de seu lindo umbigo em forma de precipício...
Ela voltava da
academia, como sempre fazia todo santo dia: Linda! Suada! Sarada! Deliciosa!
Esculturalmente
nascida para o desejo de qualquer homem disposto a nadar em superfícies rasas, porém
não para homens talhados para águas profundas, heróis de sagas que derrotam
monstros marinhos e iniciam civilizações prósperas, embora aquele herói ferido,
que jazia ali, a dois passos das suas roupas justas, acreditasse que a amava no
mais profundo do seu ser. Naquela circunstância, inconscientemente, descobrira
que fora vítima de um engodo monumental...
Que nenhuma beleza
na face da Terra o levaria a se enganar de novo, pois certas tragédias têm o
dom de sacudir o espírito demasiado cego desses heróis combalidos.
Flávia entrou em
casa...
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