quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O SENHOR DAS ÁGUAS - unidade I - capítulo 4


E não demorou muito para ele demonstrar isso...

Eles se reencontraram logo depois dessa reunião “tipo secreta”...

Siboldi cobrou de Felipe uma atitude mais “inteligente” em relação à missão que eles desempenhavam.

– Como assim “inteligente”, Capitão? – indagou Felipe inocentemente.

– Quando a gente pede a palavra a um superior – continuou Siboldi com algum menoscabo – supõe-se que esse “alguém” tem algo muito importante a acrescentar...

Celha, para variar, estava em companhia de Felipe, e todos os personagens se entreolhavam, uns um tanto quanto atônitos, outros tensos, cada qual, porém, num partido bem determinado.

– Algo importante a acrescentar ao sucesso de uma empresa coletiva – continuou Siboldi em tom de crítica. – Não há mais espaço pra picuinhas regionalistas ou atitudes individualistas, você está entendendo Corrientes?

– Não, Senhor.

– Você está me entendendo perfeitamente, Corrientes, mas eu vou ser mais claro ainda: dá próxima vez que você for falar besteira na frente dos índios, avisa antes, porque eu não o deixarei estragar o meu trabalho novamente... Compreendeu agora?

Siboldi, Mascarenhas e Gusmão se retiraram meio que bufando.

Felipe olhou para Celha e comentou estupefato:

– Viu só?

Celha estalou a língua preocupada.

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