quarta-feira, 25 de maio de 2011

A SOCIEDADE DO VRIL CONTINUA VIVA E ATUANTE - CONTINUAÇÃO

Cinthia e o “comandante” do barco, cujo codinome era “Garcia”, estavam em Bonn numa ocasião em 1965. Ela em uma excursão com a peça Macbeth, em turnê pela Europa, que se encerrava justamente na capital da Alemanha Ocidental. Muito oportuno! “Garcia” era adido militar chileno junto à embaixada do Chile na Alemanha Ocidental.

A missão secreta de Cinthia consistia em interceptar um filme em poder de um agente soviético que, supunha-se, continha certos segredos militares da OTAN.

E a missão de “Garcia”? Era justamente receber este filme e levá-lo para o Chile, que era governado na época por Salvador Allende, que, segundo a inteligência dos países componentes desta mesma OTAN, era absolutamente inclinado à Moscou.

Numa das festas de encerramento da temporada de Macbeth em Bonn, oferecida pelo prefeito da capital, Cinthia foi apresentada ao “Garcia”, que, como espião chileno pró-soviético, e funcionário da embaixada, marcava presença em festas como esta para estar sempre a par das novidades.

Acontece que o outro lado também se movimentava. Garcia esperava receber o filme nesta festa, mas o espião soviético já fora identificado por dois agentes alemães da OTAN. Cinthia não os conhecia pessoalmente, mas simulando uma aproximação para efeito de autógrafos, um destes agentes passou uma informação escrita a ela relatando tudo, e uma foto: exatamente a do agente soviético.

Contudo, este agente, um dos melhores da ex-União Soviética, conhecido como Capitão Yuri, conhecia o verdadeiro trabalho de Cinthia, não se sabe como, e já havia identificado também os dois agentes alemães.

Ora! Não era difícil perceber, para um homem inteligente e treinado como o Capitão Yuri, que se a entrega fosse feita ali naquela festa, o filme não sairia da Alemanha Ocidental, como pretendia a União Soviética, e muito provavelmente o agente chileno seria identificado pelos serviços de inteligência ocidentais. E, de fato, até aquele momento, ninguém conhecia a identidade do receptador, nem mesmo a KGB. Eles haviam combinado um código muito simples para mútua identificação: ambos estariam usando um pequeno broche: a efígie de Che Guevara em metal cromado. Somente alguém que se aproximasse de muito perto poderia identificar o broche.

Os dois agentes inimigos devem ter se encontrado no banheiro, mas nenhuma troca fora efetuada. Eles combinaram se encontrar fora dali. Como Cinthia descobriu isto?

Havia um terceiro agente disfarçado de servidor público responsável pelos toaletes. Um lugar como este não poderia ficar sem uma constante fiscalização.

Garcia e o Capitão Yuri deixaram a festa da prefeitura de Bonn. Cinthia estava na pista deles...

              Semana que vem a conclusão deste caso...

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