A bela praia de
Copacabana...
Quantos poemas,
quantos filmes, quantos intelectuais falaram deste lugar e o cantaram para o deleite
do mundo...
Era isto...
O mundo amava
Copacabana. Felipe amava Copacabana. Todo mundo amava as coisas belas, mas o
Feio governava o mundo...
O que fazer para
eliminar o Feio que contamina os belos corações sobre a face da Terra?
Felipe chegou à
conclusão que algum dia ele amara todas essas coisas belas cantadas pelo poeta,
mas o significado desta beleza de outrora estava perdido para sempre...
Felipe continuou
lá, numa dor que era só sua, porém o celular, o objeto que talvez representasse
melhor esta época desgraçada que ele vivia, sinalizou que o mundo ao qual ele
já estava farto, ainda estava bem vivo a sua volta...
Era Mouzon...
Felipe deu todas as
coordenadas pelo telefone de onde se encontrava e depois arremessou o celular o
mais longe que pôde...
Não viu sequer onde
aquele objeto, símbolo de um paradigma falido, foi espatifar-se...
O celular, um dos maiores ícones do capitalismo atual, objeto de desejo de muitos, também representa a derrocada de uma civilização, que só pensa em acumular valores que o vento leva...
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