Dona Wirna me pediu
pra ficar até um pouquinho mais tarde hoje...
Meeerda!
Logo hoje qu’eu ia
sair com o Rodolfo!
Já liguei
desmarcando tudo...
O seu Celso já foi
embora...
Ela tá aí ainda...
Falando ao telefone
o tempo todo...
Naquela língua
complicada dela...
Às vezes ela fala
em inglês também...
Eu entendo alguma
coisa...
As coisas andam
muito agitadas na Sweetwaters ultimamente...
O Rodolfo ficou
preocupado com aquelas coisas que o irmão dele falou pra gente...
Eu fiz o que ele
mandou...
Tô fazendo de conta
que não aconteceu nada...
E o seu Celso não
tocou mais no assunto...
Nem a dona Wirna...
Sabe do que mais?
Não aconteceu absolutamente nada! O seu Celso e a dona Wirna não são
criminosos, assassinos...
É tudo besteira...
– D. Sylvia... –
disse Wirna Schwarschlegell, abrindo a porta de sua sala. – A senhora pode ir.
Eu fecho tudo por aqui. Obrigada. Até amanhã...
Sylvia Salgado
pegou suas coisas, já estava tudo arrumado, e despediu-se da patroa.
“Talvez ainda haja
tempo de pegar aquele cineminha com o Rodolfo”, pensou Sylvia, satisfeita da
vida.
Ela deixou o prédio
na Sweetwaters, como sempre fazia, em direção a sua casa...
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