– Descubra tudo o
que você puder sobre as conexões entre a Sweetwaters e os figurões de Boa Vista...
– E se houver
outros testas de ferro acima desses?
– Nós descobriremos,
Sérgio. Não se preocupe...
– Posso lhe fazer
uma pergunta, Felipe? Acredito que você não foi tão honesto comigo...
– Mais ou menos. Se
você precisar de outros dados pra acrescer a sua matéria, é só nos procurar...
– OK, Felipe. Muito
obrigado. Mas você pertence ao serviço de inteligência do exército, não é?
– Eu trabalhava no
7º PEF...
Sérgio Tavares continuou
fitando seu interlocutor, sem esconder a surpresa.
– Eu, e minha colega
no quartel, a Tenente Nascimento, fomos os responsáveis pelo desmantelamento do
acampamento dos traficantes, bem como a prisão do seu chefe, o Comandante Salas...
– continuou Felipe, mudando de tom. – Mas no dia que os traficantes voltaram
pra se vingar – continuou Felipe – eu estava em Boa Vista... Acho que fui
sorteado no céu pra sobreviver naquele dia – desconversou Felipe.
A pausa que veio a
seguir significava que Sérgio Tavares estava digerindo aquilo que acabara de
ouvir.
– Que situação! –
disse o jornalista, que não tinha mais nada para dizer. – Bem... Eu posso ligar
pro seu hotel?... Caso descubra novas pistas?
– Fique à vontade –
retrucou Felipe, ainda sério. – Ou entre em contato com Mouzon – continuou ele,
entre debochado e carinhoso. – Nós trabalhamos juntos neste caso, esqueceu?
Felipe se levantou
do luxuoso sofá onde se sentara. Esta sala devia ser destinada a convidados
muito especiais. Ele deu uma última piscada de olho para o jornalista e saiu.
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