– Já se sabe quem atacou o 7º PEF? –
perguntou Ceddric.
Barreiros sentou-se
em sua cadeira, desconsolado.
– Só pode ter sido
uma represália dos traficantes, bolas! – espumou ele.
– E o efetivo?... –
insistiu Ceddric. – Sobrou alguém?
Barreiros
limitou-se a olhar o chão, arrasado.
– Malditos
bandidos! – esbravejou Ceddric, pois que o seu temperamento era muito mais
explosivo do que o do General. – Será que isto nunca terá fim?!
Dispensável uma
resposta.
Enquanto isso,
ainda no corredor, o Major Pessanha tentou segurar Felipe.
– Espere,
Tenente...
Felipe não ouvia
nada, apenas ruídos indecifráveis...
– Primeiro-Tenente
Corrientes – gritou Pessanha. – Felipe deteve-se roboticamente, virando-se em
posição de sentido. – O senhor não terminou o seu relatório – volveu o Major,
bem calmo, sobequilíbrio extremado.
– Desculpe-me,
Senhor. Eu tenho de retornar a Uiramutã. Aconteceu alguma coisa...
– Como o senhor
sabe que aconteceu alguma coisa grave em Uiramutã?
– Certas coisas não
precisam de explicação, Major. São cristalinas por si só...
– Então eu não
preciso explicar ao senhor que o senhor tem de voltar à sala do General
Barreiros imediatamente...
Felipe deu meia-volta,
como um autômato reprogramado, e seguiu de novo para a sala do General.
Chegando lá, o
quadro apresentava-se mais tranqüilo. Ambos, Barreiros e Ceddric, estavam
sentados aguardando...
Só havia mais uma
poltrona no recinto...
– Sente-se,
Tenente... – “pediu” Barreiros.
Pessanha tinha de
ficar em pé.
– O senhor tem de
demonstrar perante seus superiores que é mesmo um oficial tão competente quanto
sua ficha o assegura... – continuou Barreiros. Felipe começou a chorar
silenciosamente. – Recebi um comunicado de Uiramutã, Tenente... – Barreiros
olhou significativamente para Pessanha. – O 7º PEF foi atacado por um
helicóptero desconhecido... – Felipe não agüentou mais e pôs-se a chorar
copiosamente. – Não há sobreviventes...
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