À princípio eu meditei muito sobre aquele tsunami de emoções que ameaçavam me tragar para o fundo do mar revolto... E ainda tive que disfarçar, provavelmente não tão bem como Cinthia fazia, uma indiferença sobre aquele assunto, até que eu decidisse o que fazer com aquelas novidades “promíscuas”, pois ela acabava de retornar do seu capuccino.
Como lidar com uma situação que não é exatamente aquela que você costuma observar pela janela, da realidade cotidiana das pessoas, das ruas? Colocado de outra maneira: uma pessoa normal como eu, ainda que diplomata, e habituado a um universo um tanto diferente do vulgo, acostumada a lidar com pessoas que decidem o destino do planeta, mas que nunca acreditou em tapetes voadores, de repente, constata que, não só os tapetes voadores existem, como também os Merlins que os fazem voar, e os dragões que cospem fogo.
Deveria contar a ela que vi o que não deveria?
Para encerrar, ainda sobre o encontro com o nazista, que não durou muito: ele lhe revelou uma coisa que, sozinha, pode se transformar num capítulo a parte destes depoimentos.
Ele disse textualmente a ela antes de desaparecer: “A Sociedade do Vril continua viva e atuante”.
O que ele quis dizer com isto?
Mais tarde veremos. Porém, antes, havia tantas informações truncadas, como por exemplo, aquela que forneceu o título desta história, cujo esclarecimento, devo dizer, ainda não compreendo muito bem. Não sei por que, mas, em minha opinião, Cinthia esperava ansiosamente que uma pessoa como eu entrasse na sua vida para compartilhar esses segredos ou angústias...
Bem, pessoal, pr'aqueles que acham que eu sou o autor destas linhas, devo dizer aqui que acabo de receber uma carta nova pelo correio... Não há um remetente. Ainda não abri a carta, de modo que ainda não posso dizer do que se trata. Mas não fiquem tristinhos, daqui a quinze dias vocês saberão o conteúdo da missiva, que, espero, deva ser do "nosso" amigo misterioso.
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