É como estar com sede debaixo de uma cachoeira...
Quase tive uma síncope!
Não podia acreditar no que via ali escrito...
Cinthia... Uma espiã a serviço do governo dos Estados Unidos da América! Incrível! Fantástico!
Eram tantas informações surpreendentes em tão pouco tempo, que eu mal conseguia concatenar as ideias naquele momento...
Percorri aquelas tantas páginas escritas à mão como se fosse um piloto de corrida...
Até que me detive em particular naquela missão específica realizada em Bariloche, que eram exatamente as últimas anotações do diário...
Sabe qual foi a missão que obrigou Cinthia a estar em Bariloche?... É tão simples como beber um copo d’água...
Lembra-se quando eu citei aquela manchete de jornal argentino, que afirmava que um criminoso de guerra nazista havia sido localizado em Bariloche?
Pois Cinthia tinha a missão de confirmar a presença deste indivíduo e avisar às autoridades americanas. O que viria depois não era mais trabalho dela, portanto eu não sei o que foi feito dele. Foi por isso que ela fez tanta questão de esticar nossa estada até Bariloche, uma cidade deserta naquele ano. Somente desta forma ela poderia esbarrar com o sujeito num dos hotéis da cidade, e foi exatamente o que aconteceu! Ela conversou com ele inclusive! Para ter certeza que estava lidando com a personagem certa.
E havia muito mais naquelas anotações sobre a missão de Bariloche... Parece que o espião profissional possui um sortilégio de indagações peculiares que lhe permite chegar ao cerne daquilo que ele procura descobrir, como um jogo de perguntas e respostas, e o foragido nazista, mesmo com quase oitenta anos, percebeu muito bem quem era na verdade Cinthia, o que ela representava, tanto que procurou se livrar da estrela e voltou a sumir no mapa.
Mas esta seria apenas uma das tantas revelações que abalariam minha confiança no mundo e nos homens...
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