Ao mesmo tempo, a
mente de Celso Pontes trabalhava febrilmente...
Será que ela leu a
mensagem?...
Claro que leu! O
negócio é se ela entendeu o que estava escrito...
Acho que não...
Como ela poderia
entender?...
De qualquer maneira
é bom ficarmos de sobreaviso...
Vamos ver o que a
Wirna vai dizer...
A “Wirna” quase
estrangulou o companheiro quando soube do ocorrido. Sua primeira reação foi responder
ao A2, a fim de relatar tudo a ele, mas logo desistiu. Não poderia dar uma
demonstração de tamanha incompetência. Por um segundo ela acreditou que os ares
tropicais a haviam contaminado em demasia, porém não demorou a entender que
este assunto poderia ser facilmente administrado por ela mesma...
Sim, mas o que
perpassou sua mente naquele momento dizia respeito a A2, de uma forma ou de
outra...
Sentou diante do
seu laptop e digitou uma mensagem destinada a A2. A mensagem era curta:
“Enviem-me o Zelador. Status: urgentíssimo”.
“Zelador” era o
código que designava a função de Nestor Amarilla dentro da hierarquia do PAÍS
DAS ÁGUAS. Ou seja, pau para toda obra. Para a felicidade geral da nação, o
“zelador” encontrava-se justamente no Rio de Janeiro. A resposta demorou menos
que um dia para chegar.
Tudo estava
resolvido.
Por outro lado, Sylvia
comentou este acontecimento com seu marido, ali, na hora do jantar, os dois
sozinhos, esse tipo de coisa, um dos filhos na rua, a outra na faculdade...
Conversaram horas
sobre todos os prováveis desdobramentos daquela fatídica mensagem. O marido de
Sylvia achou que ela deveria esquecer o assunto, “pro seu próprio bem”, mas
acontece que no fim de semana, num churrasco de família, o cunhado, delegado de
polícia, foi consultado a cerca do conteúdo desta mensagem quase
criptografada...
Sylvia não havia se
esquecido de nenhum detalhe da dita cuja; tinha uma excelente memória; então o
cunhado pediu-lhe que escrevesse o que ela se lembrava...
Nenhum comentário:
Postar um comentário