Continuando com a série que um certo leitor misterioso deste blog houve por bem enviar-me, quero lembrar mais uma vez aos meus leitores que não sou o autor destas histórias. Aqueles que ainda não estão familiarizados a tudo o que aconteceu anteriormente, eu recomendo que consultem as postagens anteriores a esta.
“Eu a conheci certa feita em Paris...
Era uma atriz americana muito famosa, até hoje. Seus filmes encantavam as multidões. Seu nome enchia qualquer saguão de aeroporto a uma simples menção da imprensa à sua chegada. Não vou citar seu nome, claro, mas vou chamá-la pelo nome já citado no e-mail que deu início a esta série de “depoimentos”: “Cinthia”. Eu sei que o aparecimento desta personagem real irá desencadear muita especulação por toda parte, mas por uma questão de segurança minha e de sua família, não posso realmente mencionar seu nome. Lamento.
Saiba, meu querido Cláudio, que esta linda mulher, que ficou marcada como uma infeliz solitária, porquanto em seus casamentos, envoltos numa encenação perpétua de crises conjugais e até casos de agressão física, fizeram parte de mais um lance sensacionalista do cinema. Tudo engendrado pela CIA! Conquanto sua verdadeira profissão fosse espionar seus colegas de profissão, e isso ninguém sabe até hoje!
Cinthia foi uma das poucas mulheres que eu amei na vida, e como ela fosse espiã, coisa que eu descobri muito depois de iniciarmos nosso relacionamento, confesso que acalento muitas dúvidas acerca dos seus sentimentos em relação a mim. Sabe como é... Ela demonstrava, verdadeiramente, muita paixão, mas ela era atriz duplamente! Sinceramente, aquela dúvida cruel permaneceu no meu coração. Mas isto é uma história que só concerne a mim, e que não tem a dimensão do que estou por revelar...
Cinthia morava em Los Angeles, como a maioria dos astros de Hollywood. Entretanto, num belo dia, na primavera de 1977, nos reencontramos na Broadway, depois de dois longos anos de separação. Ela estava com uma peça em cartaz, porém este encontro não foi programado, quer dizer, não por mim ou por ela, mas porque eu fui assistir ao espetáculo sem saber que ela trabalhava no mesmo...
Depois do espetáculo, e devido a nossa intimidade, ela recebeu-me no camarim. Evidentemente não irei revelar todas as intimidades que existiam entre nós, nem é este o meu intuito, não quero fazer literatura, tampouco pornográfica, ao mencionar aqui as nossas aventuras sexuais, mas foi neste dia, e muito provavelmente devido a este reencontro “caliente”, que combinamos um cruzeiro até o Rio de Janeiro, após encerrada a temporada deste espetáculo dela na Broadway, o que aconteceria por volta do iniciozinho do inverno no hemisfério norte, e que seria verão aqui no Brasil. Depois seguiríamos para Buenos Aires a fim de amenizar o calor.
Nesta viagem, durante o cruzeiro, aconteceu que nos deparamos com um personagem muito curioso, para não dizer suspeito. Ela mo apresentou como sendo um produtor de Hollywood muito seu amigo, porém, algum tempo depois, eu viria saber que a função daquele homem na vida de Cinthia não era bem esta...
Contudo, naquela ocasião, principalmente durante o cruzeiro, em duas oportunidades, para ser mais preciso, eu tive que abrir mão da minha “lua de mel” para que Cinthia conversasse com o sujeito... Em particular. Aquilo que me deixou furioso, porque eu fiquei pensando se acaso eles não teriam sido amantes no passado...
Bem, houve uma mudança de planos, coisa pouca, é verdade, mas o fato é que não havíamos nos programado para ir até Bariloche, ainda mais no verão aqui na América do Sul, o que teoricamente deixaria esta importante instância de veraneio dos argentinos mais vazia...
Pois ela insistiu que fôssemos até lá... Concordei.
Acontece que o “produtor” amigo de Cinthia tinha-lhe passado uma importante missão. Foi nesta época decisiva que eu pus a mão, ou melhor, os olhos, naquilo que iria mudar a minha vida por completo: o diário pessoal dela...”
Esta história continua na semana que vem, gente...
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