“Ter um passaporte diplomático da ONU, na década de 70, quando o mundo estava dividido entre comunistas e capitalistas, sem que se saiba realmente onde estavam os bandidos e onde estavam os mocinhos, pode não ser muita coisa, dentro daquilo tudo que eu experenciei ao longo de toda uma vida, mas o fato é que eu sempre vivi nas altas rodas, tinha do bom e do melhor, viajando pelo mundo, justamente porque fazia parte deste seleto grupo de pessoas que assessoravam os embaixadores daquele órgão...”
Assim começa a carta que o meu correspondente misterioso enviou. Ela faz parte de um pacote inicial que este mesmo “amigo” afirma ser a reprodução da mais absoluta veracidade. Ele promete enviar-me todo o conteúdo em seu poder, “aos poucos, para que o mundo possa digerir a verdade do que ocorre nos bastidores do poder...” Eu me pergunto: será? Vocês terão a oportunidade de acompanhar tudo por este blog, exatamente como ele escreveu. Tirem suas próprias conclusões.
“Em Nova York vivia-se uma espécie de Febre de Liberdade, um frenesi cultural para onde convergiam as melhores ideias artísticas e modísticas daquela década, coisa que poucas vezes presenciei em outra parte do globo.
Conhece-se muita gente através desses meios, e através de voos e festas nas embaixadas de todo o mundo, e muitas vezes em casas maravilhosas, verdadeiros palácios nababescos, de personagens as mais influentes do jet set internacional...
E acabamos por descobrir, frequentemente contra a própria vontade, segredos contra os quais muitos perderiam a vida, tal a gravidade dos temas e tramas envolvendo nações e pessoas importantes, e que por diversas vezes, se tais coisas viessem à baila, poderiam nos levar à Terceira Guerra Mundial.
Mas também há um lado bom... Nunca fui casado. Não tive filhos. Pelo menos ninguém nunca veio reclamar na minha porta a existência de algum deles. Em compensação, mulheres maravilhosas passaram pela minha cama... Talvez o caso fosse o contrário. Aquelas mulheres que muitos homens sonham nos seus delírios pueris, eu as tive aos meus pés. Atrizes mundialmente famosas que não ouso citar os nomes...
Paris, Nova York, Roma, e até Buenos Aires e Rio, estive em ambientes e situações dignas de um James Bond...
Certos aspectos dessa minha vida atribulada, bandida, cigana, podem crer, qualquer um pensaria que eu copiei das aventuras de 007.
Vou começar do início. A história, a partir da qual, minha vida mudou completamente...”
Ano que vem, pessoal. Sinto muito. Vou fazer uma pausa para as férias. Volto em janeiro.
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