A GUERRA DO SAL
Conta-se que há muitos milhares de anos de nossa era, florescia uma civilização ciclópica em muitos sentidos, inclusive na sua constituição física, a Lemúria, cujos vestígios arqueológicos, de difícil datação e classificação, estão espalhados por dezenas de ilhas e ilhotas no imenso vazio que constitui o oceano Pacífico.
É difícil provar tal teoria, mas conta-se também que esta civilização fantástica foi minada aos poucos por um recurso muito ardiloso de outra civilização rival, então candidata ao título de maior império do planeta, como, de fato, assim aconteceu, a Atlântida.
A Lemúria, então, foi sendo envenenada paulatinamente pelo cloreto de sódio, mais conhecido entre nós pelo nome de sal.
Na Lemúria descobriu-se que este veneno, o sal, causava distúrbios ao metabolismo de sua população. Quem ingeria sal, mesmo em pequenas quantidades, ao longo de certo tempo, sentia estranhas mudanças em seu corpo físico, que, à época, ainda não estava totalmente definido como na sua forma atual.
Os sintomas deste envenenamento: um agradável torpor e o obscurecimento da consciência cósmica. A levitação já não era possível, visto que o sal aderia ao corpo físico prendendo-o à terra. Os espíritos libertavam-se numa ociosidade mórbida, tendo-se alguns deles, graças à dependência do sal, adquirido um crescimento avantajado do ventre. Os descendentes desta brilhante sociedade, com o passar dos anos, foram perdendo as faculdades paranormais; o terceiro olho, parcialmente obstruído nas raças precedentes, cristalizado naquilo que conhecemos por glândula pineal, que servia como motor para ditas faculdades, atrofiou-se de vez.
Começaçava, então, o período do expansionismo atlante.
Esta nova civilização, nascida em terras africanas, estendeu sua influência até o Mar Vermelho, onde os egípcios são a maior prova de sua existência. Deixaram sua cultura gravada em numerosos livros; um tesouro de conhecimento inigualável, cujos vestígios, podem ser vislumbrados nos livros gregos, caldeus e hebreus que chegaram até nós.
Os limites deste império chegavam até as costas do que é hoje o oceano Pacífico, nas terras maias, toltecas e astecas, visto que naquela época não existia ainda o oceano Atlântico que divide hoje os continentes africano e americano.
Porém, como a Lei do Eterno Retorno existe para todos, esta mesma civilização atlântida acabaria sendo superada por outra então emergente: a grega.
As faculdades paranormais, também presentes no povo atlante, pouco a pouco foram desaparecendo. O sal, que os atlantes usaram como arma para implodir o império lemurense, acabou por instalar-se em suas próprias fronteiras, e com a perda de suas faculdades paranormais, os atlantes tornaram-se cada vez mais materialistas, esquecendo-se de sua origem divina.
Os povos orientais, subjugados pelo império atlante, uniram-se contra os novos senhores do mundo, fatos narrados por Platão nos seus famosos diálogos.
As lendas, ou a história, utilizem a definição que se quiserem, encerram este período da Terra com diferenças sutis, mas três explicações sucedâneas merecem ser enumeradas:
A primeira delas, e a mais comum, diz que o reino da Atlântida foi tragado num maremoto de proporções apocalípticas, mas a segunda variante acrescenta que antes desastre natural houve uma aproximação planetária intrusa, que a mitologia narra como sendo a chegada de um deus, Faéton, na verdade um planeta errante que roçou a Terra causando todos esses distúrbios que nós tão bem conhecemos.
A terceira variante narra uma guerra de duas civilizações com grande poderio tecnológico, o que é explicado nos livros clássicos indus. Esta guerra, com desdobramentos a la Star Wars, seria a responsável pelas grandes transformações ambientais que se seguiram devido às forças empregadas, das quais duas são bem marcantes: a desertificação do Saara e o "racha" dos continentes africano e americano.
Lenda, pura e simplesmente...?
Ficção...?
Delírio pós modernista?
Façam suas apostas, honoráveis contemporâneos, porém não duvidem de nada...
Ainda.
Vocês não veem nenhuma similaridade...?
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